Metropolitano de Lisboa
METROPOLITANO DE LISBOA COMEMORA 75 ANOS DE FUNDAÇÃO
Em 1885 surge a primeira proposta de construir um metropolitano em Lisboa. A intenção era traçar uma linha que ligasse Santa Apolónia a Algés passando pelo Rossio, Rua de São Bento, Janelas Verdes e Alcântara.
Desde essa data até 1926, muitas propostas e estudos económicos e financeiros foram sendo lançados, análise e pareceres emitidos, e desistências de projetos. Nos anos que se seguiram, a construção de um metropolitano na capital parece ter ficado adormecida.
Em fevereiro de 1947, é entendido que a solução para a constituição de um metropolitano passaria pela constituição de uma empresa composta pela Câmara Municipal de Lisboa, pela Carris (beneficiando-se da sua experiência na área dos transportes) e outros interessados privados que, para além de analisarem os projetos existentes preparassem, em cerca de quatro anos, um relatório relativamente às possibilidades de tal empreendimento.
No dia 07 de janeiro de 1948, a Câmara Municipal de Lisboa informara a imprensa que aprovara a constituição da sociedade Metropolitano de Lisboa, S.A.R.L., as bases dos respetivos Estatutos e do seu Caderno de Encargos, e que esta Sociedade seria constituída pela própria CML, com capital maioritário (40%), pela Carris (13,3%), pelas entidades que requereram o privilégio dos estudos ou a concessão dos serviços (6,6%) e público (26,6%). A 21 de janeiro de 1948 são aprovados pelo Governo os Estatutos de uma sociedade anónima de responsabilidade limitada, denominada “Metropolitano de Lisboa, S.A.R.L”.
No dia 26 de janeiro de 1948 é lavrada a escritura de constituição da nova sociedade “Metropolitano de Lisboa, S.A.R.L” bem como a escritura de concessão à Sociedade do exclusivo do estudo técnico e económico do metropolitano.
Os estudos basearam-se no Plano Diretor de Urbanização de Lisboa e no Plano de Coordenação de Transportes Urbanos e Suburbanos. A 26 de maio de 1949 a Câmara Municipal de Lisboa aprovou o caderno de Encargos do Metro para a instalação e exploração do Metropolitano de Lisboa e, no dia 01 de julho é assinada a escritura de concessão para a instalação e exploração, em regime de exclusividade, desse serviço público.
Em 1950 verificou-se, contudo, que o capital acionista era insuficiente para avançar com o projeto do metro e afigurava-se necessária a realização de uma operação financeira urgente que possibilitasse ultrapassar tal impasse. Assim, em junho desse ano foi proposta a elevação do capital social, continuando a Câmara Municipal de Lisboa a deter a maioria do capital. Entretanto, os projetos de estruturas das galerias, estações, montagem de via, instalações de ventilação, abastecimento de energia e de sinalização, entre outros, iam prosseguindo.
No início de 1955, sete anos decorridos desde os estudos preliminares foram, então, assinados os contratos referentes à execução do 1º escalão da rede, constituída por 11 estações e 6,5 quilómetros de rede. As obras de construção tiveram início no mês de agosto desse ano, tendo ficado concluídas em outubro de 1959. De outubro a dezembro foram realizados testes e ensaios de via até à data da sua abertura ao público.
Em 29 de dezembro de 1959 Lisboa, orgulhosa, pode, finalmente, experimentar o seu metropolitano. Cerca de 100 anos depois de Londres e Nova Iorque, e 60 após Berlim e Paris. A cidade orgulhava-se, assim, de possuir o meio de transporte mais rápido de passageiros. No dia seguinte procedeu-se à abertura ao público do serviço de transporte do Metropolitano de Lisboa. Foi um acontecimento memorável para a cidade e muitos foram os lisboetas que quiseram experimentar o novo meio de transporte, sinónimo de modernidade, formando filas à entrada das estações, desde a madrugada de 30 de dezembro.
Passados 75 anos de serviço público, o Metropolitano continua a expandir-se e a modernizar-se, constituindo-se como um modo de transporte estruturante e o eixo central para a mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa, operando com elevados padrões de sustentabilidade económico-financeira, social e ambiental.
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